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Cultura

Bienal de São Paulo: grátis e obras acessíveis

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A arte invade o Parque do Ibirapuera até dezembro. A histórica, constestadora, provocativa e sempre inusitada Bienal de São Paulo abriu esta semana com o tema “Incerteza Viva” (Live Uncertainty), a 32a edição do evento reúne 81 artistas ou coletivos – a maioria mulheres – com o desafio de refletir sobre as atuais condições da vida e as estratégias oferecidas pela arte contemporânea para acolher ou habitar incertezas.
Mesclar pensamentos cosmológicos, inteligência ambiental e coletiva assim como ecologias naturais e sistêmicas é a proposta de caminho para enfrentar objetivamente grandes questões do nosso tempo, como o aquecimento global e seu impacto em nosso hábitat, a extinção de espécies e a perda de diversidade biológica e cultural, a instabilidade econômica ou política, a injustiça na distribuição dos recursos naturais da Terra, a migração global, entre outros, talvez seja preciso desvincular a incerteza do medo.
Diversas obras abordam diretamente a natureza e os processos biológicos, botânicos ou alquímicos: o laboratório de cogumelos criado por Nomeda e Gedeminas Urbonas; os desenhos, filmes e colagens desenvolvidos por Carolina Caycedo a partir de uma pesquisa sobre barragens e hidroelétricas, ou a instalação com projeções e experimentos fisico-químicosde Susan Jacobs. Mas, é importante ressaltar que a proposta da Bienal de São Paulo não é ser incompreensível ou inacessível ao grande público. Exemplo é a instalação ARROGATION, de Koo Jeong. Trata-se de uma pista de skate para uso público construída no Parque Ibirapuera, convidando skatistas a novos deslocamentos e experimentações do espaço. Várias outras instalações propõem interação com a área externa do Pavilhão, com jardins, com o visual pelas janelas do prédio.
Outra obra de caráter aberto e interativo é Restauro, criada por Jorge Menna Barreto em parceria com redes de produção de produção de alimentos sustentáveis, como agroflorestas, produtores orgânicos e sistemas dedicados à recuperação de solos e da biodiversidade.
A obra, na prática, funciona como o restaurante da exposição, com cardápio baseado em plantas. O jardim se torna, assim, um modelo, tanto metafórica como metodologicamente, com uma diversidade de espaços quefavorecem a experiência e a ativação.
A 32ª Bienal de São Paulo – Incerteza viva está no Pavilhão da Bienal até 11 de dezembro, de terça a sexta, aos domingos e feriados, das 9h às 19h (entrada até 18h); Quintas e sábados das 9h às 22h (entrada até 21h). Fechado às segundas. Entrada franca.
O Pavilhão fica dentro do Parque do Ibirapuera, com entrada pelo portão 3 da Av. Pedro Álvares Cabral. Telefone: 5576 7600. A bienal também pode ser “visitada” virtualmente no site 32bienal.org.br

Até o Restaurante da Bienal é uma obra de arte: Restauro, de Jorge Menna Barreto

Até o Restaurante da Bienal é uma obra de arte: Restauro, de Jorge Menna Barreto

Artista: Koo Jeong A.Título do trabalho: EVERTRO.Data: 2015.Dimensões ou duração: -.Material ou técnica: instalação.Local de exposição, data: -.Coleção: -.Cortesia: the artist.Foto: Koo Jeong A

Artista: Koo Jeong A.Título do trabalho: EVERTRO.Data: 2015.Dimensões ou duração: -.Material ou técnica: instalação.Local de exposição, data: -.Coleção: -.Cortesia: the artist.Foto: Koo Jeong A

 

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