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Urbanismo

Audiências públicas reúnem demandas que vão de área para passear com cães a habitação

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A Vila Mariana e o Jabaquara são distritos vizinhos. Entretanto, a realidade das comunidades que vivem em cada um deles e também o planejamento de grandes obras nas duas regiões divergem e criam diferentes expectativas ou prioridades. Foi o que mostrou o debate promovido no último sábado pela Prefeitura, para discutir o Plano de Metas do governo Haddad até 2016. Mas houve também alguma semelhança no debate realizado, como a presença de figuras de atuação política – tanto de oposição quanto de apoio ao atual governo – e também no número de participantes, que ficou em torno de 170 pessoas nos dois encontros.

A audiência pública aconteceu na Vila Mariana no período da manhã, no auditório da  Unifesp. Associações de bairro, representantes de Conseg, Secovi e outras instituições locais participaram.

Esses grupos organizados valorizaram, como em encontros anteriores na região, a temática da especulação imobiliária e excessiva verticalização do bairro.

Temores relacionados à segurança também foram focados, com especial destaque para pedidos de acolhimento a usuários de drogas como o crack.

Em um bairro já considerado dos mais arborizados da cidade, a requalificação de parques e áreas verdes foi citada, assim como programas para valorizar o uso das biciletas na região, com implantação de ciclovias.

A população ainda solicitou mais fiscalização para manutenção de calçadas, implantação de uma Escola Municipal de Educação Infantil no Distrito Saúde e mais creches na região.

A valorização de idosos, com mais equipamentos da chamada “Academia da Terceira Idade” em praças foi lembrada.

Distrito marcado pela grande concentração de animais domésticos, a Vila Mariana ainda pede a implantação de um parque onde os moradores possam levar seus cães para passear na V. Clementino.

Ampliar a coleta seletiva e implantar um sistema de câmeras integrado para segurança foram outras sugetões da comunidade.

Já no Jabaquara, o encontro aconteceu em uma região mais periférica, no CEU Caminho do Mar. Lá, como não poderia deixar de ser, a questão da Operação Urbana Água Espraiada, foi um dos temas mais polêmicos. A comunidade discutiu tanto o projeto, alterado durante a gestão passada, quanto a necessidade de garantir a construção de moradias populares para a população que vive em favelas ao longo do Córrego Água Espraiada.

Outra questão levantada durante a plenária foi o cuidado com as divisas entre as Subprefeituras, onde normalmente ocorrem conflitos de responsabilidade na manutenção. A questão do uso de drogas por moradores de rua sob viadutos ao longo da Avenida dos Bandeirantes foi também levantada.

A questão da terceira idade foi levantada também pelos participantes. Um deles chegou a sugerir a implantaçao da especialidade de geriatria nas unidades básicas de saúde da região.

O fomento à coleta seletiva foi abordada de forma diferente. No Jabaquara, a sugestão é para que se crie um cadastro dos catadores de material reciclável.

A comunidade local também se mostrou preocupada em aumentar sua participação ao longo de toda a gestão. Para isso, demanda a implantação do Conselho de Representantes na Subprefeitura, órgão que está previsto na legislação municipal mas que nunca foi efetivamente criado e que reuniria pessoas da comunidade com participação efetiva na gestão.

Outra demanda foi pela ampliação das unidades habitacionais previstas para o bairro, fora da Operação Urbana Água Espraiada (que, sozinha, prevê 4 mil unidades). A apresentação da gestão Haddad prevê 649 moradias para o bairro e representantes sugeriram mais.

Foi sugerida ainda a utilização do prédio do Hospital Santa Mariana, empresa particular que faliu, para uso pelo poder público municipal.

 

Audiência pública na Vila Mariana contou com a presença de 164 pessoas que deram sugestões ligadas a segurança, qualidade de vida e meio ambiente

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