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Água Espraiada: prefeitura promete começar este mês construção de casas

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Uma imensa ponte estaiada foi construída, mas nenhuma unidade habitacional até hoje…

Por que até agora nenhuma unidade habitacional foi construída para abrigar as mais de dez mil famílias que vivem ao longo do córrego Água Espraiada? Nem mesmo para as famílias já desalojadas de suas habitações originais, a chamada Favela Jardim Edith, nas proximidades da ponte Estaiada. Vale lembrar que, até agora, tudo que foi feito da Operação foi a ponte, aquela mesmo que leva da Marginal Pinheiros para uma avenida que não tem saída, que é interrompida pelo córrego e habitações precárias ao seu redor.

Em vez disso, em setembro, a Prefeitura destinou recursos – originalmente arrecadados para a implantação da Operação Urbana – para a construção da linha 5 do metrô, aquela mesmo, que teve as obras suspensas por suspeita de fraude na licitação. Também não há qualquer definição com relação ao projeto que será implantado para ligação viária entre a Avenida Jornalista Roberto Marinho e a Rodovia dos Imigrantes. Nem mesmo com relação à construção de um parque e uma via de uso local, prometidos para o espaço hoje ocupado pelas comunidades carentes.

Será que a Prefeitura está adotando apenas uma preocupação de “empurrar” para as regiões periféricas distantes a população pobre que vive ali, e apenas facilitar a construção de prédios de médio e alto padrão pelo bairro?

A assessoria de imprensa da SP Urb, empresa municipal responsável por tocar a obra, rechaça as críticas, dizendo ser incorreta a rotulação de “higienista” ligada à remoção de famílias do trecho de implantação da Via Parque, afirmando que essa população seria reassentada em “regiões periféricas”.

Os técnicos da empresa dizerm que já estão licitados e prestes a ter suas obras iniciadas vários conjuntos habitacionais destinados a abrigar demanda oriunda da antiga favela Jardim Edith no próprio local e em outras áreas próximas à favela. Relata ainda que, em novembro de 2009 foram publicados 39 DIS (Decretos de Interesse Social) reservando preliminarmente 45 áreas destinadas a HIS para abrigar famílias atingidas pelas obras da Via Parque. E garante que que todas essas áreas estão próximas ao atual local de moradia dessa população.

 A Prefeitura diz que, no caso do Jardim Edith, a construção de 800 unidades habitacionais tem início “previsto” para novembro. Vale ressalvar, aqui, que a ponte teve sua construção iniciada ainda na gestão Marta Suplicy e foi inaugurada há 18 meses. Mas não há prazos com relação às demais unidades.

Quanto ao repasse ´para o metrô, a Prefeitura alega que “é parte de incremento ao transporte coletivo na região que, assim como as demais intervenções abordadas acima, são destinadas a concretização das metas desta Operação Urbana”.

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